As personagens, as frutas, os animais e a natureza, regatam a identidade da paisagem brasileira.

“Eu achei em Minas as cores que adorava quando era criança. Depois me ensinaram que eram feias e caipiras. Eu segui a onda do gosto refinado… mas depois me vinguei da opressão, levando as cores para minhas telas: azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde brilhante, tudo em graduações mais ou menos fortes, segundo a mistura com o branco.”.

Tarsila do Amaral

Os artistas pintam grupos de pessoas com diferentes características e contextos, contando para nós, dessa maneira, diferentes histórias e realidades.

Como você imagina um retrato de teu grupo de amigos, amigas ou parentes?

Em 1931 Tarsila viaja para expor em Moscou.
Com a experiencia vivida e sensibilizada com a causa operária desse lugar, ela retorna ao Brasil com um novo olhar. Ela aproxima sua arte às problemáticas sociais e ativa sua participação política.

“Minha carreira artística…quando começou? Foi no dia que, infantilmente desenhei uma cesta de flores e uma galinha rodeada por uma multidão de pintinhos. A cesta, bastante sintética, com uma longa alça, acho que foi influenciada pelos conselhos de adultos ou pela lembrança de algum quadro desse tipo; mas a galinha com os pintinhos saiu de minha alma, do carinho com o qual eu observava a criação em volta de minha casa, na fazenda onde eu cresci como um bichinho livre, ao lado de meus quarenta gatos que me adoravam”.

Tarsila do Amaral

No último período dos anos 50 ela pinta mais de 30 telas, a maior parte são paisagens rurais e pequenos vilarejos, nos quais continua representando a abundância da natureza brasileira.